Foi em 1968, na boate Jogral, point da noite paulistana dos 60, que Jorge Ben Jor cxonheceu o que muitos consideram seu parceiro ideal: o Trio Mocotó. Um inusitado grupo de bateria, cuíca, pandeiro e voz tão afiado e criativo ritmicamente como o próprio Jorge, com quem também compartilhavam uma formação no exigente conservatório da bateria de escola de samba. Um ano depois, Jorge e o Trio Mocotó levantariam e dividiriam o Maracanãzinho com sua interpretação de Charles Anjo 45 no Festival Internacional da Canção; era o início de uma brilhante parceria capturada integralmente, pela primeira vez em Força Bruta. Continuação da guinada criativa iniciada com seu LP anterior, esse disco traz Jorge de volta para casa, para a complexa simplicidade do samba carioca. Gravado em apenas três dias entre Rio e São Paulo, esse trabalho capta toda energia das sessões, largamente improvisadas (Jorge mostrava as músicas ao Trio na hora de gravar). É uma alquimia que brilha em faixas como Oba, lá vem ela, O telefone tocou novamente e Mulher Brasileira, todas sucessos nos primeiros 70.
Retirado do Box Salve, Jorge!, Contracapa o álbum Força Bruta
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