segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Jorge Ben (1969)


Em meados dos anos 60, uma série de escolhas infelizes haviam descarrilhado a carreira ascendente de Jorge Ben Jor. A própria cena musical havia mudado dramaticamente, com caras e ideias novas brotando dos festivais e a Tropicália arrebentando as comportas que aprisionavam os diversos modos de fazer música no Brasil. E foi exatamente a Tropicáliaque contribuiu para o resgatede Jorge, que se viu contratado por Guilherme Araújo e incluído no elenco do programa de TV "Divino, Maravilhoso". Não que os tropicalistas influenciassem Jorge - era o contrário, a música de Ben surgia para eles como a mais perfeita síntese de sua proposta estética. Mas a presença no programa e o convivio com Caetano, Gil e Gal abriram novas possibilidades profissionais e musicais para Jorge, adicionando temas e colaboradores ao seu trabalho. O espetacular Jorge Ben mostra claramente essa renovação. Álbum de retomada, ele traz uma verdadeira coleção de grandes sucessos, como Bebete vãoboraPaís tropical, Que pena, Cadê Tereza e a dramaticamente poética Charles Anjo 45, retrato antecipado de uma cidade muito mais violenta. Rogério Duprat, o maestro da Tropicália, assina arranjos de Descobri que eu sou um anjo e Barbarella e os dois grupos que seriam essenciais na consolidação do som de Jorge - Originais do Samba e Trio Mocotó - fazem sua estreia.

Retirado do Box Salve, Jorge!, Contracapa o álbum Jorge Ben

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